AL RABE - MUSTANG

Lembrei de outro clássico, o Corsair do Jack Sheeks, também com diedro

... Outro Stuka, este do Sheeks ...

Mais umas do Crusader, este do Don Shultz, lá do Stunt Hangar

Pô Mani, a gente está custando a "decifrar" o DIEDRO e você ainda traz o ANEDRO (diedro negativo)!!!   

Realmente as asas em "W" como as do CORSAIR e STUKA são um desafio ainda maior de sustentação. Concordo
quando você diz que o diedro (ou anedro) no VCC pode ser mais para um efeito estético. Eu li uma vez, que a
diferença em voo da asa interna para asa externa num aero VCC não é tão significante assim. Que muitos até
deixam as asas do mesmo tamanho. O que manda mesmo, é o peso na ponta de asa e a posição dos cabos na
saída de asa (lead-out).      

Sei lá, mano... vamos aprendendo!!!   

Abraços!

Taps, os caras que projetaram modelos desse nível
são mestres na arte, tudo é questão de balancear as coisas
Eu não entendo nada de projetos ou de engenharia, embora goste muito
Se eles fazem um encurtamento aqui dão uma alongada ali, e assim vai

Fora o fato de que esses modelos já vem evoluindo faz anos, como vc mesmo
postou, O Mustang do Rabe

em 1978 já estava na evolução "6" (Mk VI)   

Os modelos vão sofrendo melhoria nos projetos ao longo do tempo

Manicaca escreveu:Aqui então o F-4 Crusader do Vic Macaluso, usa "o" diedro negativo !   
Este modelo teve varias versões e varios desenvolvimentos, todos com o diedro

Diedro negativo é também chamado anedro.
O modelo também usa um prolongamento no bordo de ataque chamado de safe wing, que foi desenvolvido pela NASA e utilizado na aviação real para evitar stol de ponta de asa.

Olá Leo, muito legal
Obrigado pela informação, não sabia quanto ao desenvolvimento
dessa geometria pela NASA
Valeu   

Só agora vi esse tópico.

Se tirar o diedro do Mustang ele vai voar torto e vai ficar impossível de trimar! O Diedro aqui não é só para escala, tem uma função muito importante de fazer o cabos saírem na altura do CG Vertical. Se não tivesse diedro, os cabos sairiam muito abaixo do CG veritical criando um momento que vai fazer o modelo inclinar para fora, e no dorso ao contrário. E o problema é que esta inclinação esta em função da velocidade, mais rápido mais inclinado, ou seja fica praticamente impossível de trimar o modelo se tirar o diedro.

Em 2008 o Mazzarino achou que era melhor fazer a asa do Tucano ( que é baseado na aerodinâmica do P-51 do Al Rabe) sem Diedro e o modelo dele ficou horrível de voar.

Idem com esse modelo com Anedro.

Alias esse problema dos cabos saírem na altura do CG vertical pode acontecer com modelos de asa reta também. Nem sempre o CG vertical esta exatamente na altura do meio da asa.

Para saber se seu modelo esta com cabos fora do CG Vertical é só pendurar pelos cabos e olhar de frente para o modelo, se o ponto onde sai os cabos da asa não estiver no CG vertical o modelo vai ficar inclinado, se estiver fica no prumo. Se estiver fora de prumo, voce pode corrigir isso colocando chumbo nas rodas ou no topo do canopy kkkkkkkk

Se a diferença entre o CG vertical e o ponto de saída de cabos for pequena não tem problema, o efeito é mínimo.

Abraço,

Martin

Fala Martin;

Mesmo com um pouco de demora, todas explicações que nos deu são ótimas!

Valeu!!!

Beleza!!
Boa explicação Martim!!!

Em relação ao tamanho de cada asa acontece o seguinte. Devido ao fato de voar em círculos as asas percorrem distancias diferentes dentro do mesmo espaço de tempo. Isso faz com que a asa externa percorra uma distancia maior que a asa interna, ao mesmo tempo. Em outras palavras a asa externa tem uma velocidade relativa maior e isso gera uma maior sustentação. Para piorar a situação tem o peso dos cabos, que naturalmente puxam a asa interna para baixo. Para compensar isso podemos colocar uma área maior na asa interna com o objetivo de dar mais sustentação para ela ao ponto de compensar esse desequilíbrio, ou podemos colocar peso na ponta da asa externa, ou ainda uma mistura dos dois. Se compensarmos apenas pelo tamanho da asa teríamos que ter uma asa bem assimétrica. Como exemplo, um modelo de 1,5 m de envergadura usando um cabo de 20 m de centro a centro teria que ter uma diferença de 5,6 cm entre uma asa e outra (esse calculo é determinado pela formula da sustentação), mas não precisaria usar nada de chumbo na ponta de asa. Já quando usamos um modelo de asas iguais teria que usar bastante lastro na ponta de asa. Os modelos de F2B atuais usam o calculo geométrico, que calcula o comprimento das asas com base nas área dos círculos que elas percorrem. Que no mesmo exemplo acima daria uma diferença de 2,6 cm entre uma asa e outra e a necessidade de lastro na ponta.

Eu sei que já teve aeromodelos campeões do mundo com asas do mesmo comprimento e asas usando o calculo geométrico, mas não sei se teve com asas usando o calcula da sustentação. Sei que o Ares 59 projetado pelo Bill Werwage usa o calcula da sustentação. Na planta ele diz para não colocar peso na ponta de asa.

Abs