Senhores;
Lendo uma revista antiga (1978), li algo interessante sobre motores numa pequena reportagem sobre
motores para barcos.
Não sei se procede ou se tem fundamento nos dias atuais!As coisas mudaram
bastante e talvez o que foi escrito não seja mais "aceitável"!
Dizia a reportagem que num motor OPS 21 (se não me engano), tinha pistão e camisa de FERRO! Este
conjunto permitia maiores rotações e menor perda de potência em altas temperaturas, visto que estes
motores náuticos atingem altíssimas rotações (20~30.000RPM). Dizia a matéria, que por serem feitos
com o mesmo material (aço), a camisa e o pistão sofriam o mesmo índice de dilatação, mantendo a
compressão em usos extremos!
Complementando, pelo que entendi, diziam que a vantagem que pistões de alumínio tinham era no
balanceamento dinâmico, visto que são bem mais leves e que em contrapartida precisam de menos
contrapeso no virabrequim.
"Transferindo" esta informação para os dias de hoje, fica meio complicado de "acreditar" no que diz esta
antiga reportagem. Se procede tal informação, porque todas as fábricas aderiram na quase totalidade
produção de motores com pistões de alumínio (com anel, ABC, ABN...). Me lembrei da ENYA, que continua
fabricando os motores "IRON" e que essa mesma fábrica foi uma das poucas a fabricar os motores AAC,
com camisa e pistão de alumínio (mesmo material).
Na prática, pessoalmente ao voar este final de semana com a MIG, fiz um voo com a carburação "pobre".
Quase apanhei de uns amigos (né Mani) e ao pousar notei o motor muito quente e mesmo assim, a compressão
(vedação do pistão com a camisa) estava forte!!! Tenho outros motores muito antigos, em que também nota-se
isso. Nos R/C, quando um motor da moçada era submetido à altas temperaturas, notava-se que a compressão
quase "acabava", só voltando ao normal depois do motor esfriar...
E aí, procede ou não tal informação!!??
Abraços!