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33 participantes
quem fabricava os Sassi?
Sérgio Daeuble- Moderador
- Número de Mensagens : 2863
Idade : 61
Data de inscrição : 24/09/2008
- Mensagem nº76
Re: quem fabricava os Sassi?
https://www.youtube.com/watch?v=j-CwlDJJAUg
Eduardo Mancini- Usuário Master
- Número de Mensagens : 329
Idade : 52
Data de inscrição : 21/11/2013
- Mensagem nº77
Re: quem fabricava os Sassi?
Olá Ariana!
Fico muito contente com sua participação aqui. Por favor, agradeça a seu pai e tio por mim, pois fizeram uma criança de 13 anos (em 1985 !!) muito feliz!!
Meu sonho de consumo foi realizado numa manhã de sábado, na Livraria Mundial, aqui em Pelotas, onde comprei meu primeiro SASSI .15 II . Meu pai foi me encontrar lá!! Grande lembrança!!
Em tempo: era um grande motor. Pegava muito bem, e nunca me deixou na mão!! Equipava um Tamanco B II .
Fico muito contente com sua participação aqui. Por favor, agradeça a seu pai e tio por mim, pois fizeram uma criança de 13 anos (em 1985 !!) muito feliz!!
Meu sonho de consumo foi realizado numa manhã de sábado, na Livraria Mundial, aqui em Pelotas, onde comprei meu primeiro SASSI .15 II . Meu pai foi me encontrar lá!! Grande lembrança!!
Em tempo: era um grande motor. Pegava muito bem, e nunca me deixou na mão!! Equipava um Tamanco B II .
Manicaca- Usuário Master
- Número de Mensagens : 6632
Idade : 59
Comentários : "Ô guri, cuidado com o cabo no chão pô !! '
Data de inscrição : 18/10/2007
- Mensagem nº78
Re: quem fabricava os Sassi?
Verdade Eduardo, eles são merecedores de toda nossa consideração e admiração
ClaudioFett- Usuário Master
- Número de Mensagens : 289
Idade : 75
Data de inscrição : 02/12/2015
- Mensagem nº79
Quem....Sassi
Olá pessoal li os relatos anteriores e também tive o conhecido Sassi "torneira" e outro Sassi, ambos .15 ,voavam muito e o torneira danificou quando voei com um MI em campo de futebol de terra o outro foi com o tempo de uso. Meu CB 25 "leva fácil" e muito bem o Falcão 20, com o uso tive de trocar camisa e pistão. Estava pensando em comprar o 46 (rolamentado) do Daniel, pena que o CB não mais existe, além de ser perto de casa, sempre que fui lá, mesmo sem comprar nada, fui bem recebido. O Daniel também fabricava velas , mas parou por dificuldade de matéria prima (preço) e concorrência de produtos importados.
Morcegão- Usuário Master
- Número de Mensagens : 3963
Idade : 60
Data de inscrição : 09/06/2010
- Mensagem nº80
Re: quem fabricava os Sassi?
Sassi 15 I, Sassi .15 II (zerinho), Sassi .25 e Sassi .35.
Sérgio Daeuble- Moderador
- Número de Mensagens : 2863
Idade : 61
Data de inscrição : 24/09/2008
- Mensagem nº81
Re: quem fabricava os Sassi?
Beleza!!!!!!
Sassi I (Charutinho)....... Boas lembranças.......... Os dedos ainda reclamam!!!!!!!
Sassi I (Charutinho)....... Boas lembranças.......... Os dedos ainda reclamam!!!!!!!
Manicaca- Usuário Master
- Número de Mensagens : 6632
Idade : 59
Comentários : "Ô guri, cuidado com o cabo no chão pô !! '
Data de inscrição : 18/10/2007
- Mensagem nº82
Re: quem fabricava os Sassi?
Pô Bats, voismecê tá de "Sakkanais" !!!!!
Quantas lembranças boas
Parabéns pelo coleção maravilhosa !!
Hoje vc já tem boa parte da história do modelismo nacional nas mãos
Força na Peruca Bats.!!!!
Quantas lembranças boas
Parabéns pelo coleção maravilhosa !!
Hoje vc já tem boa parte da história do modelismo nacional nas mãos
Força na Peruca Bats.!!!!
Morcegão- Usuário Master
- Número de Mensagens : 3963
Idade : 60
Data de inscrição : 09/06/2010
- Mensagem nº83
Re: quem fabricava os Sassi?
hehe
Estes aí eu não vendo não.
Estes aí eu não vendo não.
ClaudioFett- Usuário Master
- Número de Mensagens : 289
Idade : 75
Data de inscrição : 02/12/2015
- Mensagem nº84
Quem....Sassi
Oi Morcegão eu também não vendo minhas"relíquias" recebi uma proposta de troca do meu WB 2,5 por um Tucano que vi voando e ainda disse que com o Tucano completo talvez toparia, mas cheguei a conclusão que NÃO deixe-me brincar com o MI equipado com o WB.
Manicaca- Usuário Master
- Número de Mensagens : 6632
Idade : 59
Comentários : "Ô guri, cuidado com o cabo no chão pô !! '
Data de inscrição : 18/10/2007
- Mensagem nº85
Re: quem fabricava os Sassi?
Cláudio, Tucano vc pode até achar ou fazer um outro, achar um WB ainda por cima em bom estado...????
Muito mais difícil....
Atitude mais do que certa ...
Muito mais difícil....
Atitude mais do que certa ...
Morcegão- Usuário Master
- Número de Mensagens : 3963
Idade : 60
Data de inscrição : 09/06/2010
- Mensagem nº86
Re: quem fabricava os Sassi?
Eu tenho um WB 1,5 na caixa com manual e sem uso. Só não vendo.
Encontrei esta relíquea a venda no Mercado Livre e o dono (vendedor de antiguidades) não tinha ideia exata do que se tratava.
Encontrei esta relíquea a venda no Mercado Livre e o dono (vendedor de antiguidades) não tinha ideia exata do que se tratava.
sassiwell- Usuário
- Número de Mensagens : 5
Idade : 70
Data de inscrição : 03/09/2016
- Mensagem nº87
A história dos motores sassi - primeira parte
Para que não fique um texto muito longo, vou resumir e dividir em duas partes.
PARTE I
Olá queridos aeromodelistas e grandes amigos,
Agradeço muito os comentários desse fórum, eles nos engrandecem muito no trabalho que tivemos em ser uns dos pioneiros.
Sou Wellington Sassi, que junto com meus irmãos Onofre C. Sassi e Wilson Sergio Sassi fabricamos os motores Sassi de 1976 a 1991.
Vou tentar lembrar um pouco da história do nosso trabalho na fabricação de motores e no desenvolvimento do aeromodelismo no Brasil.
Tudo começou em Curitiba – PR, tínhamos uma fábrica de antenas para televisão e em 1976, não conhecia nada sobre aeromodelismo, quando um amigo me falou do problema que estava tendo com um motor Enya .19 que quebrou a biela e consequentemente o pistão.
Comentei com meu pai, Sr. Onofre Sassi (In Memoriam), que prontamente disse que poderia consertar o motor, fabricando o pistão e a biela....... foi o grande momento.....desafiei meu pai, que apesar de na época ser bancário, já tinha trabalhado não manutenção de máquinas agrícolas, alertando que era muita tecnologia e que não dava para consertar.
Resumindo, desafio aceito, no final de semana fabricou as peças que funcionaram por muito tempo.
Como na época estávamos com sérios problemas de matéria prima para fabricar antenas (tubos de alumínio), estávamos procurando oportunidades de mercado, começamos a pesquisar sobre os motores para aeromodelismo.
Resultado, descobrimos sobre a WB, compramos os restos mortais da fábrica e tentamos fabricar o WD diesel, isso nos atrasou um pouco, não conseguíamos um motor com funcionamento estável, não tínhamos maquinários para produzir o motor com a qualidade que a WD tinha e como existia uma rejeição aos motores diesel pela dificuldade de carburar e a sujeira que ele produzia resolvemos repensar a fábrica.
Foi com o incentivo do nosso grande amigo Célio Pinho, proprietário da loja Mobral, seguimos em frente, mudando a linha para os motores Glow.
Aí o nosso grande mestre, meu pai, Sr. Onofre Sassi, dotado de uma genialidade fora do normal e com uma criatividade impressionante, partimos para o tudo ou nada e conseguimos produzir o Sassi .15 com o cárter do antigo WB, camisa de aço com pistão de ferro fundido.
Tempos difíceis, não tínhamos maquinários para padronização dos motores, cada um tinha suas características próprias, mas fomos em frente.
No início eram 20 motores por mês, quando ficavam prontos, levava em mãos para São Paulo para distribuir nas lojas: Mobral e Aerobrás. O bom é que era muito bem recebido, pois na época não existia nada no Brasil e recebia muito incentivado para continuar com nosso trabalho.
Fomos evoluindo rapidamente, com maquinários e equipamentos e aí a grande mudança, injetar as peças em alumínio, abandonar a fundição em conquilha no sistema por gravidade. Confesso que foi muito estudo e trabalho, a tecnologia era praticamente desconhecida no Brasil, só as multinacionais tinham injetoras de alumínio ....... foi muito difícil mesmo, tivemos que construir a nossa injetora, moldes e produzir a liga de alumínio para injeção, não existia no mercado matéria prima.
Nasceu o motor SASSI .15 II, externamente muito similar ao Enya .15, mas com tecnologia de fabricação e material totalmente tupiniquim e com muito orgulho.
Infelizmente não consigo lembrar o nome do Engenheiro Metalúrgico da Fundição Tupy, que desenvolveu o material da camisa e pistão.
Grande aficionado por aeromodelismo, veio até nossas instalações conhecer nosso processo de fabricação e prometeu desenvolver material para fabricação da camisa e pistão dos motores. Nem acreditamos, mas eis que, em menos 30 dias ele voltou com algumas barras do material e como deveríamos usinar e realizar o tratamento térmico (tempera), e com isso conseguirmos um motor com desempenho muito melhor que os importados.
Não é para se gabar, mas nosso motor girava pelo menos uns 20% a mais que os similares importados, o problema é que não conseguíamos uma padronização, principalmente pela quantidade que já estávamos produzindo, 400 unid/mes. Alguns motores giravam a mais de 13.000 RPM com uma hélice 8x6 de nylon, enquanto os concorrentes não passavam de 11.500 RPM.
Nossas instalações estavam pequenas e tínhamos que mudar de local, Curitiba só permitia a localização de industrias no Distrito Industrial, que ainda não era o nosso caso, foi então que resolvemos mudar para Presidente Prudente - SP, próximo a cidade de nossas origens, (Santo Anastácio).
PARTE I
Olá queridos aeromodelistas e grandes amigos,
Agradeço muito os comentários desse fórum, eles nos engrandecem muito no trabalho que tivemos em ser uns dos pioneiros.
Sou Wellington Sassi, que junto com meus irmãos Onofre C. Sassi e Wilson Sergio Sassi fabricamos os motores Sassi de 1976 a 1991.
Vou tentar lembrar um pouco da história do nosso trabalho na fabricação de motores e no desenvolvimento do aeromodelismo no Brasil.
Tudo começou em Curitiba – PR, tínhamos uma fábrica de antenas para televisão e em 1976, não conhecia nada sobre aeromodelismo, quando um amigo me falou do problema que estava tendo com um motor Enya .19 que quebrou a biela e consequentemente o pistão.
Comentei com meu pai, Sr. Onofre Sassi (In Memoriam), que prontamente disse que poderia consertar o motor, fabricando o pistão e a biela....... foi o grande momento.....desafiei meu pai, que apesar de na época ser bancário, já tinha trabalhado não manutenção de máquinas agrícolas, alertando que era muita tecnologia e que não dava para consertar.
Resumindo, desafio aceito, no final de semana fabricou as peças que funcionaram por muito tempo.
Como na época estávamos com sérios problemas de matéria prima para fabricar antenas (tubos de alumínio), estávamos procurando oportunidades de mercado, começamos a pesquisar sobre os motores para aeromodelismo.
Resultado, descobrimos sobre a WB, compramos os restos mortais da fábrica e tentamos fabricar o WD diesel, isso nos atrasou um pouco, não conseguíamos um motor com funcionamento estável, não tínhamos maquinários para produzir o motor com a qualidade que a WD tinha e como existia uma rejeição aos motores diesel pela dificuldade de carburar e a sujeira que ele produzia resolvemos repensar a fábrica.
Foi com o incentivo do nosso grande amigo Célio Pinho, proprietário da loja Mobral, seguimos em frente, mudando a linha para os motores Glow.
Aí o nosso grande mestre, meu pai, Sr. Onofre Sassi, dotado de uma genialidade fora do normal e com uma criatividade impressionante, partimos para o tudo ou nada e conseguimos produzir o Sassi .15 com o cárter do antigo WB, camisa de aço com pistão de ferro fundido.
Tempos difíceis, não tínhamos maquinários para padronização dos motores, cada um tinha suas características próprias, mas fomos em frente.
No início eram 20 motores por mês, quando ficavam prontos, levava em mãos para São Paulo para distribuir nas lojas: Mobral e Aerobrás. O bom é que era muito bem recebido, pois na época não existia nada no Brasil e recebia muito incentivado para continuar com nosso trabalho.
Fomos evoluindo rapidamente, com maquinários e equipamentos e aí a grande mudança, injetar as peças em alumínio, abandonar a fundição em conquilha no sistema por gravidade. Confesso que foi muito estudo e trabalho, a tecnologia era praticamente desconhecida no Brasil, só as multinacionais tinham injetoras de alumínio ....... foi muito difícil mesmo, tivemos que construir a nossa injetora, moldes e produzir a liga de alumínio para injeção, não existia no mercado matéria prima.
Nasceu o motor SASSI .15 II, externamente muito similar ao Enya .15, mas com tecnologia de fabricação e material totalmente tupiniquim e com muito orgulho.
Infelizmente não consigo lembrar o nome do Engenheiro Metalúrgico da Fundição Tupy, que desenvolveu o material da camisa e pistão.
Grande aficionado por aeromodelismo, veio até nossas instalações conhecer nosso processo de fabricação e prometeu desenvolver material para fabricação da camisa e pistão dos motores. Nem acreditamos, mas eis que, em menos 30 dias ele voltou com algumas barras do material e como deveríamos usinar e realizar o tratamento térmico (tempera), e com isso conseguirmos um motor com desempenho muito melhor que os importados.
Não é para se gabar, mas nosso motor girava pelo menos uns 20% a mais que os similares importados, o problema é que não conseguíamos uma padronização, principalmente pela quantidade que já estávamos produzindo, 400 unid/mes. Alguns motores giravam a mais de 13.000 RPM com uma hélice 8x6 de nylon, enquanto os concorrentes não passavam de 11.500 RPM.
Nossas instalações estavam pequenas e tínhamos que mudar de local, Curitiba só permitia a localização de industrias no Distrito Industrial, que ainda não era o nosso caso, foi então que resolvemos mudar para Presidente Prudente - SP, próximo a cidade de nossas origens, (Santo Anastácio).
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sassiwell- Usuário
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Data de inscrição : 03/09/2016
- Mensagem nº88
A história dos motores sassi - segunda parte
Histórico da fábrica de motores Sassi
PARTE II
Em setembro de 1982 mudamos para as novas instalações em Presidente Prudente, com novas ideias e com muita vontade de crescer.
Começamos a produzir a motor .35 para VCC, ainda com a tecnologia de uma câmara de injeção de combustível, pois tivemos que desenvolver tecnologia própria para injetar o cárter já com a cavidade de injeção de combustível com direcionador de jato, pois já tínhamos tentado fabricar o motor .40 com a cavidade usinada e o motor não ficou eficiente e econômico como os similares importados.
O motor .40 foi uma experiência nova, já com rolamentos no virabrequim, mas o motor não rendia o que queríamos, hoje acho que fomos exigentes demais, tínhamos um motor .15 excelente e o .40 era próximo aos concorrentes, então para nós não estava bom.
Entramos na linha Radio Controlado com o motor SASSI .15II R/C e logo em seguida o motor .35 R/C com o novo sistema de injeção de combustível.
Esse foi outro grande desafio, fabricar um carburador R/C, confesso que deu trabalho, muito trabalho mesmo, pois queríamos um carburador com duas agulhas, era o que tinha de melhor no mercado mundial na época. E conseguimos, ficou muito bom, inclusive vendemos muitos carburadores para outros motores que não tinham carburador com duas agulhas.
Em 1986 mudamos para instalações próprias, adquirimos maquinas modernas e automáticas, (fomos os primeiros a adquirir um torno CNC em Presidente Prudente), construímos uma nova injetora de alumínio de grande porte, novos dispositivos de usinagem e pela nossa tecnologia desenvolvida chegamos a ser alvos de grandes reportagens pela imprensa nacional.
A produção do motor .25 foi nossa grande demonstração da tecnologia que conseguimos ao longo dos anos, um motor com três câmaras de injeção de combustível, pistão sem defletor que proporcionava um funcionamento uniforme. Custou caro, muito caro, mas para nós foi o máximo injetar o cárter do motor com as três câmaras de injeção, que orgulho, estávamos produzindo o que existia de melhor em tecnologia no mundo e tudo produzido dentro da fábrica.
Com grande capacidade de produção, produzíamos peças para empresas de grande porte, fabricamos redutores para portão automatizado, moto esmeril completo, inclusive o motor elétrico, moldes para injeção de plástico, etc...
Em 1988 já tínhamos a fábrica toda informatizada, com controle total da produção através de computadores e as peças em aço com tecnologia de microfusão, que pouca gente sabia o que era isso, nosso virabrequim saia pronto para retificar e laminar a rosca.
Construímos um centro de usinagem para o bloco do motor, ele realizava todas as operações de usinagem no bloco: furação, rosca e usinagem interna para colocação do cilindro e virabrequim. Esse processo demorava cerca de 20 minutos e grandes problemas no controle de qualidade, com o centro de usinagem, passamos a produzir um bloco a cada 2 minutos e com um excelente padrão de qualidade.
Foi em 1986 que começamos a comercialização de motores em Magazines: Sandiz e Sears, bem devagar, cerca de 50 motores por mês em cada magazine. Essas vendas tomaram proporções que não tínhamos ideia, principalmente quando a Sears foi comprada por um grupo Holandês, as vendas dobravam a cada mês. Em 1987 o grupo Holandês comprou a Sandiz também e as vendas aumentaram mais ainda, pois estavam levando nossos motores para outros países.
Por falar em exportações, conseguimos vender nossos motores na Argentina, Chile e Portugal.
Começamos a fazer dois turnos na fábrica para conseguir atender a demanda da Sears, em 1989 estávamos entregando uma média de 2000 motores mês, tivemos que parar a produção dos redutores para portão, acabar com a produção de serviços para terceiros, pois o nosso negócio era os motores. Resultado é que mais de 90% do nosso faturamento era para a Sears e não tínhamos como reverter essa situação, as vendas aumentavam mais que a nossa produção.
Nessa época começaram a surgir os motores 4 tempos, ainda com os comandos de válvulas externos, e pouca potência. Mesmo com todo problema de produção que estávamos tendo, conseguimos desenvolver nosso projeto e construir um protótipo já com o comando de válvulas com correia dentada, mas infelizmente ficou por ai, não tivemos tempo para levar o projeto adiante.
Aí aconteceu o maior desastre desse país, o Collor ganhou a eleição, o grupo que controlava a Sears, sabendo com antecipação as loucuras que o Collor pretendia fazer para acabar com a inflação, simplesmente encerrou suas atividades no Brasil, fecharam todas as lojas. Já tínhamos pedidos de compras com eles para os três próximos meses, estávamos produzindo a todo vapor e de repente não tínhamos para quem vender.
Para ajudar, o Collor quando assumiu a presidência em março de 1990, confiscou o dinheiro de todas as pessoas e empresas e abriu as importações, nada contra, mas o brasileiro estava tão carente de produtos importados, que só queria comprar as porcarias Chinesas, o resultado foi que não sobrou nenhuma fábrica de brinquedos no Brasil. Foi uma pena, ninguém queria os produtos nacionais, então paramos com a produção de motores e várias empresas encerraram as atividades como a Frateschi que produzia os trens elétricos.
Tivemos que adaptar a fábrica, produzindo maquinas para trabalho em madeira, engates para veículos, micro torno e também a concessionária de motores de popa Johnson, abandonando totalmente o aeromodelismo.
Com os problemas financeiros ainda não resolvidos do plano Collor, vem o plano real, que do dia para a noite ninguém tinha mais crédito, não havia moeda em circulação, resolvemos então encerrar as atividades e salvar nosso patrimônio, não dava mais para suportar tantos planos econômicos e interferências do governo na economia.
Essa é a situação do nosso país com esses políticos corruptos, quem produz não tem valor nenhum, é massacrado pelos altos impostos sem nenhum apoio ou incentivo.
Espero ter contribuído o suficiente para o aeromodelismo no Brasil, pois me tornei um apaixonado pelo esporte, fui praticante de várias modalidades e organizei em Presidente Prudente em 1985 um dos maiores Campeonato Brasileiro de Aeromodelismo, com a participação de mais de 500 aeromodelistas.
Não tenho dados precisos da quantidade de motores que fabricamos, mas acredito estar próximo de 50.000 motores.
Não gostaria de citar nomes de pessoas que nos ajudaram, pois foram muitas, pessoas que são aficionadas pelo esporte e contribuíram em muito para nosso sucesso, para não cometer o erro de esquecer alguém, pois já se passaram muitos anos.
Wellington Sassi,
Agradeço muito ao meu pai, com toda sua inteligência e experiência foi o grande incentivador do nosso trabalho, que Deus o tenha em bom lugar.
PARTE II
Em setembro de 1982 mudamos para as novas instalações em Presidente Prudente, com novas ideias e com muita vontade de crescer.
Começamos a produzir a motor .35 para VCC, ainda com a tecnologia de uma câmara de injeção de combustível, pois tivemos que desenvolver tecnologia própria para injetar o cárter já com a cavidade de injeção de combustível com direcionador de jato, pois já tínhamos tentado fabricar o motor .40 com a cavidade usinada e o motor não ficou eficiente e econômico como os similares importados.
O motor .40 foi uma experiência nova, já com rolamentos no virabrequim, mas o motor não rendia o que queríamos, hoje acho que fomos exigentes demais, tínhamos um motor .15 excelente e o .40 era próximo aos concorrentes, então para nós não estava bom.
Entramos na linha Radio Controlado com o motor SASSI .15II R/C e logo em seguida o motor .35 R/C com o novo sistema de injeção de combustível.
Esse foi outro grande desafio, fabricar um carburador R/C, confesso que deu trabalho, muito trabalho mesmo, pois queríamos um carburador com duas agulhas, era o que tinha de melhor no mercado mundial na época. E conseguimos, ficou muito bom, inclusive vendemos muitos carburadores para outros motores que não tinham carburador com duas agulhas.
Em 1986 mudamos para instalações próprias, adquirimos maquinas modernas e automáticas, (fomos os primeiros a adquirir um torno CNC em Presidente Prudente), construímos uma nova injetora de alumínio de grande porte, novos dispositivos de usinagem e pela nossa tecnologia desenvolvida chegamos a ser alvos de grandes reportagens pela imprensa nacional.
A produção do motor .25 foi nossa grande demonstração da tecnologia que conseguimos ao longo dos anos, um motor com três câmaras de injeção de combustível, pistão sem defletor que proporcionava um funcionamento uniforme. Custou caro, muito caro, mas para nós foi o máximo injetar o cárter do motor com as três câmaras de injeção, que orgulho, estávamos produzindo o que existia de melhor em tecnologia no mundo e tudo produzido dentro da fábrica.
Com grande capacidade de produção, produzíamos peças para empresas de grande porte, fabricamos redutores para portão automatizado, moto esmeril completo, inclusive o motor elétrico, moldes para injeção de plástico, etc...
Em 1988 já tínhamos a fábrica toda informatizada, com controle total da produção através de computadores e as peças em aço com tecnologia de microfusão, que pouca gente sabia o que era isso, nosso virabrequim saia pronto para retificar e laminar a rosca.
Construímos um centro de usinagem para o bloco do motor, ele realizava todas as operações de usinagem no bloco: furação, rosca e usinagem interna para colocação do cilindro e virabrequim. Esse processo demorava cerca de 20 minutos e grandes problemas no controle de qualidade, com o centro de usinagem, passamos a produzir um bloco a cada 2 minutos e com um excelente padrão de qualidade.
Foi em 1986 que começamos a comercialização de motores em Magazines: Sandiz e Sears, bem devagar, cerca de 50 motores por mês em cada magazine. Essas vendas tomaram proporções que não tínhamos ideia, principalmente quando a Sears foi comprada por um grupo Holandês, as vendas dobravam a cada mês. Em 1987 o grupo Holandês comprou a Sandiz também e as vendas aumentaram mais ainda, pois estavam levando nossos motores para outros países.
Por falar em exportações, conseguimos vender nossos motores na Argentina, Chile e Portugal.
Começamos a fazer dois turnos na fábrica para conseguir atender a demanda da Sears, em 1989 estávamos entregando uma média de 2000 motores mês, tivemos que parar a produção dos redutores para portão, acabar com a produção de serviços para terceiros, pois o nosso negócio era os motores. Resultado é que mais de 90% do nosso faturamento era para a Sears e não tínhamos como reverter essa situação, as vendas aumentavam mais que a nossa produção.
Nessa época começaram a surgir os motores 4 tempos, ainda com os comandos de válvulas externos, e pouca potência. Mesmo com todo problema de produção que estávamos tendo, conseguimos desenvolver nosso projeto e construir um protótipo já com o comando de válvulas com correia dentada, mas infelizmente ficou por ai, não tivemos tempo para levar o projeto adiante.
Aí aconteceu o maior desastre desse país, o Collor ganhou a eleição, o grupo que controlava a Sears, sabendo com antecipação as loucuras que o Collor pretendia fazer para acabar com a inflação, simplesmente encerrou suas atividades no Brasil, fecharam todas as lojas. Já tínhamos pedidos de compras com eles para os três próximos meses, estávamos produzindo a todo vapor e de repente não tínhamos para quem vender.
Para ajudar, o Collor quando assumiu a presidência em março de 1990, confiscou o dinheiro de todas as pessoas e empresas e abriu as importações, nada contra, mas o brasileiro estava tão carente de produtos importados, que só queria comprar as porcarias Chinesas, o resultado foi que não sobrou nenhuma fábrica de brinquedos no Brasil. Foi uma pena, ninguém queria os produtos nacionais, então paramos com a produção de motores e várias empresas encerraram as atividades como a Frateschi que produzia os trens elétricos.
Tivemos que adaptar a fábrica, produzindo maquinas para trabalho em madeira, engates para veículos, micro torno e também a concessionária de motores de popa Johnson, abandonando totalmente o aeromodelismo.
Com os problemas financeiros ainda não resolvidos do plano Collor, vem o plano real, que do dia para a noite ninguém tinha mais crédito, não havia moeda em circulação, resolvemos então encerrar as atividades e salvar nosso patrimônio, não dava mais para suportar tantos planos econômicos e interferências do governo na economia.
Essa é a situação do nosso país com esses políticos corruptos, quem produz não tem valor nenhum, é massacrado pelos altos impostos sem nenhum apoio ou incentivo.
Espero ter contribuído o suficiente para o aeromodelismo no Brasil, pois me tornei um apaixonado pelo esporte, fui praticante de várias modalidades e organizei em Presidente Prudente em 1985 um dos maiores Campeonato Brasileiro de Aeromodelismo, com a participação de mais de 500 aeromodelistas.
Não tenho dados precisos da quantidade de motores que fabricamos, mas acredito estar próximo de 50.000 motores.
Não gostaria de citar nomes de pessoas que nos ajudaram, pois foram muitas, pessoas que são aficionadas pelo esporte e contribuíram em muito para nosso sucesso, para não cometer o erro de esquecer alguém, pois já se passaram muitos anos.
Wellington Sassi,
Agradeço muito ao meu pai, com toda sua inteligência e experiência foi o grande incentivador do nosso trabalho, que Deus o tenha em bom lugar.
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Morcegão- Usuário Master
- Número de Mensagens : 3963
Idade : 60
Data de inscrição : 09/06/2010
- Mensagem nº89
Re: quem fabricava os Sassi?
Agradeço fortemente por nos contar a história da fábrica. Meu primeiro motor quase foi um Sassi I. em 1978. Chegamos a Papelaria 2000, no Shopping Venâncio 2000, Brasília-DF e havia acabado. Fui com uma propaganda de um jornal para comprar aquele motor, mas o vendedor disse que não tinha mais e saí com um Fox .15 que tenho até hoje. Tinha uma pequena coleção, mas acabei com ela, ficando apenas com este motor por motivos sentimentais (Sassi I). Comprei na sorte junto com um aero que não deu para aproveitar. O dono não entendia nada do assunto e não conseguiu ligar o motor. Comprei barato.
Sempre quis saber sobre a fábrica e agora vou copiar o relato e guardar.
Neste país onde se valoriza o de fora e desvaloriza o que é nosso, vocês foram heróis. Uma pena não ter durado mais.
Abs,
Sempre quis saber sobre a fábrica e agora vou copiar o relato e guardar.
Neste país onde se valoriza o de fora e desvaloriza o que é nosso, vocês foram heróis. Uma pena não ter durado mais.
Abs,
Bruno Hack- Usuário Master
- Número de Mensagens : 14
Idade : 42
Data de inscrição : 07/10/2007
- Mensagem nº90
Sassi 15
Excelente Sassiwell... eu aprendi a voar com um enya 15, que acredito que tenha servido de inspiração para vocês devido a semelhança.
Isso foi em 1993/94, não conseguíamos fazer os motores funcionarem direito pois éramos apenas piás tentando voar de qualquer jeito... hoje tenho certeza que os culpados pelos problemas em voo não eram os motores e sim os tanques de latão mal feitos que tínhamos. Não tínhamos idéia da importância do tanque no vcc glow, que acredito ser o grande vilao das falhas de motores.
Bom, aproveitado o depoimento... tem algo sobre a nossa pista do barigui ou do aeroclube da época? Pode ser jornais, revistas, fotos... estamos levantando a historia das nossa pistas aqui em Curitiba para nos proteger de uma possível tomada pela prefeitura, algo que temos a sensação de que possa acontecer no primeiro vacilo que dermos.
Um abraço, obrigado.
Bruno Hack
Isso foi em 1993/94, não conseguíamos fazer os motores funcionarem direito pois éramos apenas piás tentando voar de qualquer jeito... hoje tenho certeza que os culpados pelos problemas em voo não eram os motores e sim os tanques de latão mal feitos que tínhamos. Não tínhamos idéia da importância do tanque no vcc glow, que acredito ser o grande vilao das falhas de motores.
Bom, aproveitado o depoimento... tem algo sobre a nossa pista do barigui ou do aeroclube da época? Pode ser jornais, revistas, fotos... estamos levantando a historia das nossa pistas aqui em Curitiba para nos proteger de uma possível tomada pela prefeitura, algo que temos a sensação de que possa acontecer no primeiro vacilo que dermos.
Um abraço, obrigado.
Bruno Hack
Eduardo Mancini- Usuário Master
- Número de Mensagens : 329
Idade : 52
Data de inscrição : 21/11/2013
- Mensagem nº91
Re: quem fabricava os Sassi?
Sr. Sassi, mais uma vez agradeço, sua dedicação ao aeromodelismo, o que permitiu algumas das mais bonitas lembranças de minha vida, inclusive pela permanente participação de meu maior incentivador, meu pai (já falecido)
O Sr. mesmo e o Morcegão já expressaram a situação de caos que este país "sempre" vive, e os joguetes que somos (inclusive como agora, sem entrar em qualquer mérito político!!).
Também vou imprimir seu texto para guardar, pois ele explica a atitude que fez o aeromodelismo acontecer até as liberação das importações.
Apenas para agregar, em outros países, governos auxiliam..., no nosso atrapalham...
E como exemplo de outro grande brasileiro e empreendedor (assim como o Sr. e seus irmãos), temos o Sr. João Gurgel. Um pioneiro que fez o primeiro (único!?) automóvel 100% nacional e foi líder mundial em tecnologia de automóveis elétricos (hoje, com a evolução que certamente teria ocorrido, teríamos ele, sua indústria, e certamente as outras que surgiriam, como a vanguarda mundial deste segmento que é o futuro). Aliás sugiro lerem; Gurgel- Um Brasileiro de Fibra... Assim como o Sr., mais uma vítima de curiosos interesses...
Um grande abraço
O Sr. mesmo e o Morcegão já expressaram a situação de caos que este país "sempre" vive, e os joguetes que somos (inclusive como agora, sem entrar em qualquer mérito político!!).
Também vou imprimir seu texto para guardar, pois ele explica a atitude que fez o aeromodelismo acontecer até as liberação das importações.
Apenas para agregar, em outros países, governos auxiliam..., no nosso atrapalham...
E como exemplo de outro grande brasileiro e empreendedor (assim como o Sr. e seus irmãos), temos o Sr. João Gurgel. Um pioneiro que fez o primeiro (único!?) automóvel 100% nacional e foi líder mundial em tecnologia de automóveis elétricos (hoje, com a evolução que certamente teria ocorrido, teríamos ele, sua indústria, e certamente as outras que surgiriam, como a vanguarda mundial deste segmento que é o futuro). Aliás sugiro lerem; Gurgel- Um Brasileiro de Fibra... Assim como o Sr., mais uma vítima de curiosos interesses...
Um grande abraço
sassiwell- Usuário
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- Mensagem nº92
Re: quem fabricava os Sassi?
Agradeço muito seus comentários e opinião, foram suas publicações que me inspiraram a escrever, um texto sem muita precisão mais com muita emoção e respeito aos leitores desse grupo de pessoas que como eu são aficionados por este esporte.Morcegão escreveu: Agradeço fortemente por nos contar a história da fábrica. Meu primeiro motor quase foi um Sassi I. em 1978. Chegamos a Papelaria 2000, no Shopping Venâncio 2000, Brasília-DF e havia acabado. Fui com uma propaganda de um jornal para comprar aquele motor, mas o vendedor disse que não tinha mais e saí com um Fox .15 que tenho até hoje. Tinha uma pequena coleção, mas acabei com ela, ficando apenas com este motor por motivos sentimentais (Sassi I). Comprei na sorte junto com um aero que não deu para aproveitar. O dono não entendia nada do assunto e não conseguiu ligar o motor. Comprei barato.
Sempre quis saber sobre a fábrica e agora vou copiar o relato e guardar.
Neste país onde se valoriza o de fora e desvaloriza o que é nosso, vocês foram heróis. Uma pena não ter durado mais.
Abs,
Grande abraço
sassiwell- Usuário
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- Mensagem nº93
Re: quem fabricava os Sassi?
Verdade Eduardo, conheci pessoalmente o Amaral Gurgel, também o Frateschi com seus trens elétricos e muitos outros que foram grandes empreendedores sem nenhum incentivo.Eduardo Mancini escreveu:Sr. Sassi, mais uma vez agradeço, sua dedicação ao aeromodelismo, o que permitiu algumas das mais bonitas lembranças de minha vida, inclusive pela permanente participação de meu maior incentivador, meu pai (já falecido)
O Sr. mesmo e o Morcegão já expressaram a situação de caos que este país "sempre" vive, e os joguetes que somos (inclusive como agora, sem entrar em qualquer mérito político!!).
Também vou imprimir seu texto para guardar, pois ele explica a atitude que fez o aeromodelismo acontecer até as liberação das importações.
Apenas para agregar, em outros países, governos auxiliam..., no nosso atrapalham...
E como exemplo de outro grande brasileiro e empreendedor (assim como o Sr. e seus irmãos), temos o Sr. João Gurgel. Um pioneiro que fez o primeiro (único!?) automóvel 100% nacional e foi líder mundial em tecnologia de automóveis elétricos (hoje, com a evolução que certamente teria ocorrido, teríamos ele, sua indústria, e certamente as outras que surgiriam, como a vanguarda mundial deste segmento que é o futuro). Aliás sugiro lerem; Gurgel- Um Brasileiro de Fibra... Assim como o Sr., mais uma vítima de curiosos interesses...
Um grande abraço
sassiwell- Usuário
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- Mensagem nº94
Re: quem fabricava os Sassi?
Bruno Hack escreveu:Excelente Sassiwell... eu aprendi a voar com um enya 15, que acredito que tenha servido de inspiração para vocês devido a semelhança.
Isso foi em 1993/94, não conseguíamos fazer os motores funcionarem direito pois éramos apenas piás tentando voar de qualquer jeito... hoje tenho certeza que os culpados pelos problemas em voo não eram os motores e sim os tanques de latão mal feitos que tínhamos. Não tínhamos idéia da importância do tanque no vcc glow, que acredito ser o grande vilao das falhas de motores.
Bom, aproveitado o depoimento... tem algo sobre a nossa pista do barigui ou do aeroclube da época? Pode ser jornais, revistas, fotos... estamos levantando a historia das nossa pistas aqui em Curitiba para nos proteger de uma possível tomada pela prefeitura, algo que temos a sensação de que possa acontecer no primeiro vacilo que dermos.
Um abraço, obrigado.
Bruno Hack
Buno, já se passaram muitos anos, não tenho nada de Curitiba, mas fique esperto, o pessoal de Prudente não deu atenção e demoliram nossa pista que foi construída para o Campeonato Brasileiro. Infelizmente é assim que funciona o poder público, demoliram para ficar um espaço sem nada.
Mario Zuffo BRA-00076- Usuário Master
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- Mensagem nº95
Re: quem fabricava os Sassi?
Veteranos Comandantes e Copilotos
Depois de 63 anos no aeromodelismo posso dizer que TODOS os fabricantes de Motores Para Aeromodelismo no Brasil Foram Abnegados e Verdadeiros Heroes Pela Causa a que se Propunham , quantas gerações aprenderam o gosto pelo aeromodelismo com motores fabricados aqui no Brasil , usei por muio tempo o WB 2,5 e o WB 250 iniciei em janeiro 1957 na extinta UPA no Parque do Ibirapuera SP.
Ensinei muita gerações a voar com motores Nacionais com quase todas as marcas praticamente , mas sempre tiveram a concorrência dos Importados : "Na Minha Opinião Pessoal Se No Brasil Tivéssemos Isentivos Fiscais Como em Outros Países com a Mais Absoluta Certeza Teriamos hoje uma Gama de Excelentes Motores que Em Nada Deveriam aos Melhores Importados " , Infelizmente a Nossa Carga Tributaria e um "Desestimulo para Quem Quer Produzir Qualquer Coisa Neste Pais " isso é de lamentar pois tivemos Nobres Guerreiros que merecem "TODO O NOSSO RESPEITO E ADMIRAÇÃO POIS FIZERAM A HISTORIA DO AEROMODELISMO NO BRASIL OQUE PODEMOS DIZER E MUITO OBRIGADO A TODOS INDISTINTAMENTE ".
100 + Bom Voos a Todos
Mario Zuffo BRA-00076
Depois de 63 anos no aeromodelismo posso dizer que TODOS os fabricantes de Motores Para Aeromodelismo no Brasil Foram Abnegados e Verdadeiros Heroes Pela Causa a que se Propunham , quantas gerações aprenderam o gosto pelo aeromodelismo com motores fabricados aqui no Brasil , usei por muio tempo o WB 2,5 e o WB 250 iniciei em janeiro 1957 na extinta UPA no Parque do Ibirapuera SP.
Ensinei muita gerações a voar com motores Nacionais com quase todas as marcas praticamente , mas sempre tiveram a concorrência dos Importados : "Na Minha Opinião Pessoal Se No Brasil Tivéssemos Isentivos Fiscais Como em Outros Países com a Mais Absoluta Certeza Teriamos hoje uma Gama de Excelentes Motores que Em Nada Deveriam aos Melhores Importados " , Infelizmente a Nossa Carga Tributaria e um "Desestimulo para Quem Quer Produzir Qualquer Coisa Neste Pais " isso é de lamentar pois tivemos Nobres Guerreiros que merecem "TODO O NOSSO RESPEITO E ADMIRAÇÃO POIS FIZERAM A HISTORIA DO AEROMODELISMO NO BRASIL OQUE PODEMOS DIZER E MUITO OBRIGADO A TODOS INDISTINTAMENTE ".
100 + Bom Voos a Todos
Mario Zuffo BRA-00076
Sérgio Daeuble- Moderador
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- Mensagem nº96
Re: quem fabricava os Sassi?
Beleza!!!!!!
- Depois de ver a História da fabrica..... Vou tratar com mais carinho dos meus Sassis.....
- Depois de ver a História da fabrica..... Vou tratar com mais carinho dos meus Sassis.....
TAPXURE- Usuário Master
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Data de inscrição : 19/08/2012
- Mensagem nº97
Re: quem fabricava os Sassi?
História maravilhosa de um grande empreendedor no ramo de hobby no Brasil!
Sr. Sassi é um prazer saber um pouco mais daquela que foi talvez a mais importante
fábrica de motores para aeromodelos no Brasil. Com certeza, sua empresa foi responsável
por iniciar muitos e muitos aeromodelistas Brasil afora!!!
Continue sempre com a gente! Temos um grupo no Whats App excluivo de motores para
modelismo chamado AEROMOTORES! É um grupo focado, onde trocamos idéias, fotos e
dúvidas! Seria um muito bom tê-lo no grupo! Entendo o convite aos demais desse Fórum!!!
Aos que interessarem, favor enviar mensagem para (34) 999781522
Abraços!
Sr. Sassi é um prazer saber um pouco mais daquela que foi talvez a mais importante
fábrica de motores para aeromodelos no Brasil. Com certeza, sua empresa foi responsável
por iniciar muitos e muitos aeromodelistas Brasil afora!!!
Continue sempre com a gente! Temos um grupo no Whats App excluivo de motores para
modelismo chamado AEROMOTORES! É um grupo focado, onde trocamos idéias, fotos e
dúvidas! Seria um muito bom tê-lo no grupo! Entendo o convite aos demais desse Fórum!!!
Aos que interessarem, favor enviar mensagem para (34) 999781522
Abraços!
GECANA- Usuário Master
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Data de inscrição : 31/05/2011
- Mensagem nº98
Re: quem fabricava os Sassi?
Sr. Wellington Sassi
Muito obrigado pela sua narrativa a respeito dos Motores Sassi. Comecei no VCC em 1983 justamente com um motor Sassi .15II. Na época quase todos os colegas tinham o Sassi, apenas um ou outro que tinha um O.S. Max ou Enya. Hoje só nos resta saudades. Tenha certeza que todo esforço de seu pai, seu e de seus irmãos valeu muito no engrandecimento do aeromodelismo no Brasil e todos nós, hoje cinquentões e sessentões, só temos a agradecer de coração ao amigo. Forte abraço. GG
Muito obrigado pela sua narrativa a respeito dos Motores Sassi. Comecei no VCC em 1983 justamente com um motor Sassi .15II. Na época quase todos os colegas tinham o Sassi, apenas um ou outro que tinha um O.S. Max ou Enya. Hoje só nos resta saudades. Tenha certeza que todo esforço de seu pai, seu e de seus irmãos valeu muito no engrandecimento do aeromodelismo no Brasil e todos nós, hoje cinquentões e sessentões, só temos a agradecer de coração ao amigo. Forte abraço. GG
GECANA- Usuário Master
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Comentários : Vôo UC/RC
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- Mensagem nº99
Re: quem fabricava os Sassi?
Mario Zuffo BRA-00076 escreveu:Aqui vai uma pequena Historia dos motores fabricados no Brasil
No Brasil foram fabricados alguns motores porem o que mais resistiu o tempo : primeiro foram os WB diesel uma copia dos Taifun Bison Alemão fabricados em Apucarana Parana , Depois tiveram os motores ATF fabricados pelo Toninho hera uma imitação do Enya 19 foi um bom motor , Depois tivemos o Vimo Diesel fabricado pelo meu grande Amigo Victor Garutti muito bom motor , Depois veio o Welington Sassi como motor Sassi 15e 35 motor muito bom para iniciantes , Depois o Thomas com os motores TM que tiveram tambem tiveram sua epoca , e Hoje temos os motores CB exelentes motores baixo custo , esta resistindo a concorrência porque os motores são vendidos na fabrica direstamente .
Sem + Nem - aquelê abraço aeromodelistico
Mario Zuffo BR-00076 VCuiaba MT
Sr. Mario Zuffo
Parabéns pelo seu profundo conhecimento a respeito da evolução dos motores para aeromodelismo no Brasil. Todos nós aeromodelistas, acredito eu, temos muito interesse em saber mais a respeito destes motores que o senhor citou. Será que o amigo conseguiria junto a esses antigos fabricantes, um resumo da história de cada marca de motor, assim como fez o nosso amigo Wellington Sassi? Forte abraço. GG
Manicaca- Usuário Master
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Idade : 59
Comentários : "Ô guri, cuidado com o cabo no chão pô !! '
Data de inscrição : 18/10/2007
- Mensagem nº100
Re: quem fabricava os Sassi?
Wellinton, um misto de emoção e alegria em termos vc conosco
Que privilégio !!
Poxa vida, se não fosse esse seu relato tão rico em detalhes e tb dados históricos toda sua história passaria em branco, aliás a sua história no modelismo e um grande capítulo do VCC Brasileiro
Muito obrigado em nome de todos pela paciência em nos explanar tantos detalhes a respeito da história de sua marca
Fica o amigo já de antemão "Intimado" em estar sempre junto ao nosso grupo, onde vc é sempre muito benvindo
Tou na rua de passagem em Lan House, com mais calma escrevemos mais assim como trocaremos mais idéias a respeito
Um grande abraço a vc Wellington extensivo a todo o seu clã profissional e familiar
Lhe aguardamos por aqui
Que privilégio !!
Poxa vida, se não fosse esse seu relato tão rico em detalhes e tb dados históricos toda sua história passaria em branco, aliás a sua história no modelismo e um grande capítulo do VCC Brasileiro
Muito obrigado em nome de todos pela paciência em nos explanar tantos detalhes a respeito da história de sua marca
Fica o amigo já de antemão "Intimado" em estar sempre junto ao nosso grupo, onde vc é sempre muito benvindo
Tou na rua de passagem em Lan House, com mais calma escrevemos mais assim como trocaremos mais idéias a respeito
Um grande abraço a vc Wellington extensivo a todo o seu clã profissional e familiar
Lhe aguardamos por aqui
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